Oh THANK YOU Lord!

Todas as semanas iguais, sem notícias de nada, sem nada para fazer, assistia aos morangos, à anatomia de grey, ao mundo de jim, à Ally Mcbeall and so on and so on. Acordava não saia do pijama em que tinha dormido a não ser para ir ao café à noite. Tomava um banho pelo fim da manhã porque o peso que carregava não me deixava dormir mais, e metia-me novamente no pijama. Esperava que alguém me desse uma boa notícia, mas nunca se tem boas notícias de pijama. Conforme a nossa conformação com as injustiças do mundo vamos tendo altos e baixos e há dias em que sentimo-nos demasiado cinzentos. Sabemos que temos um problema, mas não somos capazes sozinhos. Pedimos ajuda aos pais e amigos e vamos conseguindo mexer uma palha a mais dia a dia.

Porque sabem que estamos tristes dizem-nos para tomar outro caminho, mas nós não queremos porque sabemos que estamos no certo, que aquela foi a nossa opção e que não podia estar mais correcta. No entanto, e com o passar dos dias, dos meses e dos anos pomos em causa esse caminho que julgávamos tão certo e perdemo-nos e ficamos sem saber o que fazer, o que pensar e esquecemo-nos de agir. Perdemos a acção e cruzamos as mãos e os pensamentos num colete-de-forças. E todos os nós, nós que temos amigos vão, em conversas, desapertando os nós e soltando-nos pouco a pouco.

Continuamos a achar que a estrada era a certa, mas como não vemos horizonte duvidamos quanto a nós, mas sem saber o que fazer. Dizem-nos para ver as opções e abrir o leque, mas o meu leque não abria mais porque sabia que me levava para o lugar certo. Insistem em nos dizer para fazer de outra forma, mas eu não quero, eu não queria, porque um dia chegava o dia. E o dia chegou. Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas!

Porque as coisas demoram a acontecer, mas acontecem porque não desistimos porque fazemos finca-pé e sabemos que é ali que temos que estar. Estas duas semanas vesti-me todos os dias e esperava pela melhor das notícias, porque não, as boas notícias não chegam nunca de pijama no corpo!

é preciso perder um pouco de alma, de espírito, para poder reconstruir o que fomos perdendo pelo caminho sem faltar aquela peça que sobra sempre. Porque hoje sinto-me inteira!

Obrigada meus amigos, obrigada por nunca perderem a fé em mim!