Great memory, hard happiness
Achei sempre, até ao dia que vi o contrário, que isto era melhor que tudo. Que eramos tudo aquilo que as canções cantavam, que os versos versavam e que as pessoas falavam incessantemente numa busca infundada. Porque nós achamos sempre que somos mais e que agora foi a nossa vez e a sério.
Mas não, os dias que passam por nós mostram que somos tão falíveis quanto todos os outros e que o nosso tesouro é tão falso quanto as joias de vidro. Em suma, que somos iguais.
À próxima sempre será de vez, mas nunca é, porque entretanto erguemos os muros da felicidade, colados com saliva em todas essas juras, e esquecemos que os outros são tempestade e não música para os nossos ouvidos. Empurramos o lixo para o fundo do saco e tentamos pôr mais uma embalagem mal selada que nos acorda de dia e nos deita de noite. Porque a vida é isto mesmo, e paz encontramos em nós, quando possível, e não nos outros. Seguimos num caminho tortuoso, onde o nosso destino aparece numa placa velha, que todos seguem, mas longe, a muito kms de distância.
4 comentários:
Obrigada Miss, era isso que eu precisava de ler hoje.
"A paz encontramos em nós..." É isso mesmo!
Que texto filho da puta de tão pertinente. Parece que às vezes é preciso arranjar uma detective, para nos escancarar verdades.
É sempre como quisermos.
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