Os nós do meu cabelo
Todos os dias penso que não penso em ti. O que me solta são rasgos de memória que me atraiçoam a cada momento. Não que não consiga viver sem ti, não sinto que morri. Lembro-me de ti, ali em frente à pista de gelo a apertares-me o casaco. E fugires do meu olhar. De dizeres que queres ficar, que me queres levar, sempre contigo. Sinto falta das tuas mãos vagueando nos nós do meu cabelo, tanta! E daquilo que levaste contigo, levaste-me e até hoje não voltei. Não sei se rema contra marés, se falta força. Mas o porto é longe. E eu não sei onde estás. Nem onde te ver por aí numa qualquer dessas ruas. Se ao menos um dia eu voltasse a sair de mim levava-te para longe das minhas horas...
1 comentário:
Lindooo!
Há nós que ás vezes não podemos, queremos, desejamos... desatar!
Amei o post e a imagem!
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