quinta-feira, dezembro 28, 2006


Lembrei-me. Lembrei-me do que vi do que senti. Não, não me lembrei, só não esqueci. E senti que não tinha passado nunca e menti-me. Menti-me sempre e por isso menti-te. Até ao fim. Eu vi antes, soube antes, eu sempre soube e menti-me sempre até ao fim. O compasso! E menti-te porque hoje diria esperava, mas já não cedo. E minto-me sempre porque cedo ao medo de não poder mais mentir-me a ti.

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