quinta-feira, março 08, 2007

E ali fomos nós, mais uma vez, ali nunca tinhamos ido, e fomos a tanto lado. A caminhar de mãos nos bolsos com o fecho do casaco fechado até onde costume, a imaginar a forma como costumavas fazer o resto. À minha frente, hoje iamos lado a lado. Saudades sim, muitas. Gostava de ti, muito, mas não tanto. E fomos caminhando. A ponte que dizes ser "o sentido, a representação da vida"? porque não se pode andar demasiado depressa nem demasiado devagar. Não há compassos de espera como pediste, como eu disse. E hoje já não sei o que te queria dizer quando me quisesses ouvir. Hoje quiseste. Hoje eu não quis. Fomos de boleia no verão que passou e aterrámos com a queda das folhas. Tu seguiste, eu fiquei, tu voltas para ouvir e eu hoje não tenho voz para te dar. As palavras secaram-me a boca, como o que sinto deixa-se atropelar pela minha falta de coragem(?). Porque tu foste demasiado de mim.

2 comentários:

Anónimo disse...

"A imaginar a forma como costumas fazer o resto" pode dar aso a coisas indecentes, tou só a avisar...Gosto bem destes post's profundos, bem bem bem a valer!
sara, a ceia

MiSs Detective disse...

costumava fechar ate ao fim ;)
thanks sarita